Na sequência das demonstrações
de solidariedade e de apoio aos cidadãos que se encontram detidos, com destaque
para os 17 jovens acusados de planearem subverter a ordem pública, a Amnistia
Internacional em Portugal, dirigida por Teresa Pina (na foto), está a
convocar para às 18h00 de quarta-feira, 29JUL2015, no Largo
de São Domingos, no Rossio, em Lisboa, mais uma manifestação contra a alegada repressão,
falta de liberdade de expressão em Angola e a favor da libertação dos referidos
jovens.
Prevê-se que venham a participar
desta concentração várias organizações não-governamentais, entidades,
representantes de partidos políticos angolanos, cidadãos angolanos e não só,
bem como algumas entidades, sendo um evento sincronizado, uma vez que se
realiza (na mesma data e em simultâneo na Bélgica e Alemanha. Em Angola, as manifestações serão realizadas no Uíge e em Luanda, no
Largo da Independência a partir das 15h00 do mesmo dia .
Pelo que se pode constatar,
Portugal tornou-se, na Europa, no epicentro da ressonância da campanha sistemática
de hostilização que é movida presentemente contra o Governo angolano e as suas
instituições.
Esta campanha é alimentada a
partir de Angola por sectores, partidos políticos, organizações e individualidades
tidas como negativas que são instruídas, incitadas e apoiadas pelo Ocidente e
os E.U.A, com o fito de criar um ambiente interno de pressão e de instabilidade
política e social crescente, tendo como pretexto velhos argumentos desprovidos de
sustentação, como a repressão das autoridades, falta de liberdade de expressão,
violação dos direitos humanos, etc.
A campanha e os argumentos
que nos referimos, foram orquestrados e estão direccionados não só para
confundir a opinião pública nacional, dividindo-a como também para os cidadãos
angolanos residentes há muitos anos na diáspora e, por conseguinte, distantes
da realidade nacional que, diga-se, tem de forma cautelosa e moderada registado
progressos e desenvolvimentos significativos verificáveis em diversos domínios,
sobretudo na justiça e direitos humanos.
A Amnistia Internacional de Portugal,
assim como outras organizações que invocam os direitos e liberdade dos
cidadãos, deviam prestar maior atenção e dedicar-se a resolução dos problemas
internos que o seu país ainda enfrenta, nomeadamente a corrupção em quase todos
os domínios, tráfico de influência, branqueamento de capitais, desvio de fundos
públicos, fraude fiscal qualificada, problemas de administração da justiça e
outros que sucedem apesar do país ter uma longa história de civilização, de colonização
em África e trajetória de desenvolvimento realizada desde o 25 de Abril de
1974.
Só para lembrar, desde
novembro de 2014, Portugal tem um ex-primeiro-ministro detido com acusações de
corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada, sendo apenas
mais um político que se junta aos outros que naquele país enfrentam a justiça
por crimes cometidos.
No entanto, qual é a
diferença? Apesar de Angola se debater com problemas comuns que são vividos
noutros países e que são próprios de um país que também tem o direito de fazer
a sua história e percurso, convém e interessa a geopolítica e geoestratégia traçadas
pelo ocidente que se fomente, explore e se tire o máximo proveito das mesmas
situações quando estas ocorrem em países potencialmente ricos em recursos
naturais e com grandes e perspectivas de desenvolvimento económico, como é o
caso de Angola, porque a instabilidade política e social é inversamente
proporcional ao desenvolvimento.
Portanto, estão
identificados os passos e as etapas que os inimigos de Angola pretendem seguir para
lograrem os seus objectivos de semearem a instabilidade, caos político, social
e económico, e, por fim destituir o Governo democraticamente eleito.
Só um angolano desatento,
deslocado da sua realidade e sem sentimento patriótico pode alinhar-se com venais
para destruir o seu país e matar os seus próprios irmãos.
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